domingo, 22 de agosto de 2010

COMITÊ SUPRAPARTIDÁRIO CAMPINAS - INAUGURAÇÃO

PREPARAÇÃO DO PALCO

JURANDIR FERNANDES - COORDENADOR DA CAMPANHA

CHEGADA DE GERALDO ALCKMIN 

 
APRESENTAÇÃO AO PÚBLICO

APRESENTAÇÃO

PIADA ELEITORAL

Uma nova legião de candidatos cômicos
Revista Época


O início do horário eleitoral traz candidatos como Tiririca, que usa o lema "pior que está não fica"
O cantor Tiririca posa num intervalo da campanha. Ele aposta no deboche para se eleger deputado federal– Alô, Tiririca? Aqui é o Victor.
– Oi, aqui é o Léo.
– Léo?
– Victor e Léo (uma dupla sertaneja). Hahaha. É o Tiririca, pô.

É com esse tipo de humor que Francisco Everardo Oliveira Silva, o cantor cearense Tiririca, trabalha por uma vaga de deputado federal por São Paulo. Na semana passada, na estreia do horário eleitoral na TV, ele chamou a atenção pelo tom debochado.

“Você sabe o que faz um deputado federal? Eu não sei, mas vote em mim que eu te conto”, diz. Outro de seus bordões é “Vote no Tiririca, pior que tá não fica”. Com eles, o candidato do Partido da República (PR) ficou falado e recebeu 500 mil visitas no YouTube. Tiririca tornou-se conhecido nos anos 1990 com o disco Florentina, que vendeu 1,5 milhão de cópias. Também atuou em programas humorísticos e respondeu processo por racismo por causa de uma música que falava “essa negra fede” e “bicha fedorenta”. Absolvido, quer ir ao Congresso. Embora não defenda nenhuma proposta. “De cabeça, assim, é complicado pra mim falar (sic).” Num vídeo, diz que vai ser deputado para ajudar os mais necessitados, “inclusive a minha família”. Se pudesse, empregaria parentes? “Com certeza. Primeiramente a minha família”, afirma. Tiririca declarou patrimônio zero, mas sua estimativa de gasto na campanha é de R$ 3,5 milhões.

Em 1958, um rinoceronte do zoológico de São Paulo chamado Cacareco recebeu 100 mil votos para vereador. De lá para cá, ele vem dando nome a uma categoria de candidatos na política brasileira. Além de Tiririca, há outros Cacarecos nesta eleição. São famosos ou anônimos dispostos a qualquer coisa para se destacar na multidão. Muitos deles apelam para o humor e para o comportamento jocoso – embora os verdadeiros humoristas, por decisão da Justiça Eleitoral, estejam proibidos de fazer piadas com os candidatos. O cientista político Fábio Wanderley Reis diz que, “até certo ponto”, é natural que partidos convoquem personagens desse naipe para a disputa. Eles atraem votos para a legenda e garantem ao partido uma bancada maior na Câmara. “É um jeito espúrio de obter quadros”, afirma.





‘‘Quero recomendar a Mulher Pêra para o Congresso Nacional’’
EDUARDO SUPLICY, senador (PT-SP)

A banalização do processo eleitoral está enraizada no meio político brasileiro – e conta com suporte mesmo de gente conhecida. A modelo Suellem Aline Mendes Silva, que se apresenta na TV como Mulher Pêra (PTN), ganhou a chancela do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que pede votos para a decotada no YouTube. “Quero recomendar a Mulher Pêra”, diz ele. “É muito importante que possamos ter essa mulher como candidata eleita para o Congresso.” Sério, senador?

No Rio de Janeiro, o ex-jogador Romário concorre a uma vaga de deputado federal e apelou para o corpão. Anda cercado por um grupo de mulatas fornidas que distribuem santinhos com um argumento inusitado: “Vote no Romário porque ele já é rico e não vai roubar”. Pedro Manso, imitador que fez sucesso se apresentando como Faustão, tenta uma vaguinha na Assembleia vestido e falando como... Faustão. “Ô-loco, meu! Pedro Manso para deputado!”. Na linha funk-favela concorre Tati Quebra Barraco, autora do hit “Dako é bom”, que fala numa marca de fogão. Os famosos tentam se eleger apoiados no argumento da fama. O ex-pugilista Maguila diz que vai “lutar em Brasília”. O ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca quer “jogar no time” dos eleitores. Raul Gil tira o chapéu para seu filho, candidato a deputado federal. Os irmãos do grupo KLB defendem “a união da família”. O que promete o estilista Ronaldo Esper? “Agulhar os políticos”...