sexta-feira, 30 de julho de 2010
FÁBRICA DE LULAS
Mercadante acusa o governo paulista de transformar escolas em fábricas de lulas.
Na mais recente edição do Monitoramento de Educação para Todos, divulgado em janeiro pela Unesco, o Brasil ocupa um bisonho 88° lugar no ranking que incluiu 128 países. Nenhuma surpresa. O sistema educacional brasileiro está em frangalhos. Os investimentos do governo Lula são anêmicos. O ministro Fernando Haddad não consegue organizar sem sobressaltos sequer um exame do Enem. Existem no país 14,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, metade dos quais sobrevive no Nordeste.
O Tribunal Superior Eleitoral divulgou há dias o tamanho e o perfil do eleitorado brasileiro. Como registra Roberto Pompeu de Toledo na edição de VEJA desta semana, 5,9% dos 135,8 milhões de eleitores são analfabetos, 14,6% dizem saber ler e escrever, mas não frequentaram a escola, e 33% frequentaram a escola, mas não chegaram a concluir o primeiro grau. “Na soma das três categorias, 53,5% do eleitorado na melhor das hipóteses resvalou pela escola”, constata o colunista.
Até os carrinhos de pipoca estacionados nas portas dos colégios sabem que São Paulo, embora também esteja longe do estágio alcançado por países do Primeiro Mundo, tem o desempenho menos lastimável entre todos os Estados. Só o senador Aloizio Mercadante não sabe disso ─ ou finge que não sabe, o que dá no mesmo. Nesta quarta-feira, durante a sabatina promovida pelo UOL, o candidato a governador ensinou que a educação vai bem no Brasil inteiro, menos em São Paulo. Por culpa dos tucanos, naturalmente.
Depois de afirmar que as escolas paulistas foram transformadas em fábricas de ignorantes (e por isso mesmo fortes candidatos ao desemprego), Mercadante declarou-se prisioneiro da angústia. “O que você fala para um menino que está há 12 anos na escola do PSDB e agora chega no final do ensino médio e não sabe o que vai fazer?”, perguntou aos brados o Herói da Rendição. “Como é que vai entrar no mercado de trabalho se não tem o domínio básico da leitura, das primeiras contas, da aritmética, da matemática, do conhecimento básico?”
Há pelo menos 30 anos, afinado com todos os companheiros diplomados ou não, ele garante que não é preciso estudar para ser presidente da República. Há pelo menos 20 recita que qualquer reparo à formação indigente do chefe é coisa de preconceituoso. Há sete anos e meio repete que o maior dos governantes desde a primeira caravela é a prova viva de que a acumulação de conhecimentos é hobby de elitista. Só agora resolveu inquietar-se com o fantasma da ignorância.
O que dizer a um jovem que precisa de emprego mas “não tem o domínio básico da leitura, das primeiras contas, da aritmética, da matemática, do conhecimento básico?” Boa pergunta, deveriam apartear em coro os jornalistas presentes, para em seguida responder aos berros: “Diga ao menino que ele pode virar presidente da República!” Talvez consiga um segundo mandato. E escreva o prefácio de outro livro do companheiro Aloízio Mercadante.
EXCELENTE INICIATIVA
TodoDia lança campanha do Voto Regional
Repetindo iniciativa de pleitos anteriores, jornal buscar conscientizar eleitor a eleger candidatos da Região
Repetindo iniciativa de pleitos anteriores, jornal buscar conscientizar eleitor a eleger candidatos da Região
O TodoDia lança hoje a campanha do Voto Regional, com o objetivo de conscientizar o eleitor a votar em candidatos a deputado da RMC (Região Metropolitana de Campinas) e de tornar útil seu voto, elegendo o maior número possível de deputados tanto estadual quanto federal, aumentando a representatividade da Região na Assembleia Legislativa do Estado e no Congresso Nacional, em Brasília.
“É uma campanha suprapartidária que visa ampliar o nosso quadro de deputados. Quanto maior o número de eleitos, maior a nossa representatividade, maior é a possibilidade de os municípios obterem recursos, maior será a nossa região metropolitana”, defendeu o presidente do TodoDia, Roberto Romi Zanaga.
Zanaga foi o criador da campanha, lançada pela primeira vez em 1998. À época, o jornal circulava em cinco cidades (Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia). O objetivo era o mesmo, votar em candidatos da região, e o resultado foi um sucesso. Por estas cidades, foi eleito um deputado estadual (Vanderlei Macris, do PSDB) e um suplente de federal (Francisco Sardelli, do então PFL, que assumiu a cadeira na Câmara Federal mais tarde). Na eleição anterior, em 1994, nenhum candidato da Região havia sido eleito.
Agora, com a circulação ampliada para toda a RMC, Zanaga acredita que é possível potencializar o número de eleitos. “Esta campanha se faz ainda mais importante para o desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas), tendo mais representantes trabalhando por ela”, complementou. A campanha, que começa hoje, terá peças publicitárias que estimulam a votação nos candidatos a deputado estadual e federal da RMC. “O voto não pode ser desperdiçado, é importante que os eleitores, daqui a quatro anos, saibam em quem votaram. Nosso objetivo é estimular este hábito de cidadania das pessoas, fazendo com que a quantidade de votos da Região lhe dê representatividade ao eleger mais candidatos da nossa Região”, considera.
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