domingo, 5 de setembro de 2010

AMIGOS PARA SEMPRE

O PT pede e o TSE atende: o eleitorado está proibido de saber que Collor apoia Dilma

O ministro Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral, decidiu neste domingo proibir o PSDB de continuar veiculando o vídeo que registra mais uma declaração de apoio do ex-presidente Fernando Collor à candidatura de Dilma Rousseff. A liminar pedida pelo PT argumenta que gravações externas não podem ser exibidas no horário eleitoral. Conversa fiada: o que se pretende é o sumiço de uma das incontáveis provas de que Collor é hoje um bom companheiro.

“Não se esqueçam desse nome: Dilma Rousseff, presidenta, número 13 na cabeça no próximo dia 3 de outubro”, aparece berrando num comício o ex-inimigo que virou amigo de infância de Lula. Os responsáveis pelo programa apenas acrescentaram uma legenda redundante: “Collor é Dilma”. Nenhuma novidade, certo? Errado, decidiu o ministro Joelson Dias no despacho em que ensina que o vídeo “expõe o eleitor a uma informação falsa sobre o quadro da disputa eleitorall”.

Pela primeira vez, um partido pediu à Justiça que proibisse a veiculação na TV de uma declaração de apoio a uma candidatura do próprio partido. Pela primeira vez, um ministro do TSE tenta censurar uma informação verdadeira por achar que uma informação verdadeira distorce a percepção da realidade. Se Collor é Dilma, por que o eleitorado não pode saber que Collor é Dilma?

É inútil impedir que programas humorísticos façam piadas eleitorais. Políticos e magistrados cuidam disso. E não precisa da ajuda de profissionais do riso quem conta com uma Dilma Rousseff. Na entrevista coletiva de hoje, um jornalista quis saber o que a candidata tinha a dizer sobre a aliança com Fernando Collor. Resposta: — São problemas da liberdade democrática.





NOVO FILME DOS CUMPANHEIROS

ELA É COMPETENTE.....




Consumidor de luz pagou R$ 1 bilhão por falha de Dilma
Na Folha Online:

Falhas no cálculo da chamada tarifa social de energia, criada no governo FHC, provocaram gastos indevidos de um fundo de consumidores de todo o país, informa reportagem de Rubens Valente, publicada neste domingo pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo o Tribunal de Contas da União, o desperdício foi de R$ 989 milhões no tempo em que Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia (2003-2005).O TCU alertou Dilma três vezes sobre o erro, mas ela não tomou providências.Um dos critérios para definir o benefício era o baixo consumo. O TCU concluiu que o domicílio que gastava pouco não era necessariamente pobre. Podia ser uma casa de praia, por exemplo.Em 2006, só depois de a ministra ir para a Casa Civil, houve providências. A lei mudou em 2010.

Outro lado

A candidata Dilma Rousseff (PT) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “desde 2003″ o MME (Ministério de Minas e Energia), a Aneel e o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) realizaram estudo para propor mudanças no cálculo da tarifa social.Segundo a assessoria, tais estudos resultaram na lei sancionada pelo presidente Lula em janeiro deste ano, que alterou os cálculos.

Indagada sobre quais estudos do ministério teriam sido esses, não encontrados nos levantamentos do TCU entre 2003 e 2005, a assessoria respondeu: “Lembramos apenas que a ex-ministra saiu do MME — onde foram iniciados estudos sobre o assunto — e foi para a Casa Civil, onde coordenou todas as ações de governo, incluindo as discussões com o Congresso que resultaram na aprovação das mudanças legais”.

O MME alegou que “adotou as orientações e recomendações do TCU em abril de 2003″. “Ao longo desses anos, foram promovidas diversas ações pelo MME para construir propostas de alteração nos atuais critérios”.







DESISTIU.



Câncer leva Quércia a se retirar da corrida ao Senado
Alan Marques/Folha

Alcançado por uma recidiva de câncer na próstata, Orestes Quércia (PMDB) desistiu de concorrer a uma cadeira de senador por São Paulo.Deve-se a informação à repórter Renata Lo Prete. Ela conta que o anúncio oficial da saída de Quércia da cena eleitoral será feito nesta segunda (6).

Enganchado à candidatura tucana de Geraldo Alckmin, Quércia anunciará o apoio ao segundo nome da chapa para o Senado: Aloyzio Nunes Ferreira (PSDB).Internado no hospital paulistano Sírio-Libanês, Quércia vai cuidar da saúde. E Aloyzio herdará o espaço dele na propaganda de televisão.Aloyzio não é, porém, o principal beneficiário da decisão de Quércia. A desistência favorece sobretudo à candidatura de Netinho de Paula (PCdoB).

Associado à chapa de Aloyzio Mercadante, o pagodeiro achegara-se a Quércia nas pesquisas. No penúltimo Datafolha, empatara tecnicamente com o rival. No último, manteve o empate, mas já surgiu numericamente à frente de Quércia: 28% a 26%.Assim, crescem as chances de o bloco de apoiadores de Dilma Rousseff em São Paulo mandar a Brasília os dois senadores do Estado.A petista Marta Suplicy ostenta no Datafolha posição ainda mais confortável que a de Netinho.

Com 33%, ela lidera a corrida. Ex-chefe da Casa Civil do governo José Serra, Aloyzio amarga na pesquisa um constrangedor quinto lugar: 12%.O enfrentamento de Quércia era uma das prioridades de Lula em São Paulo. O patrono de Dilma trazia atravessado na traquéia o apoio de Quércia à candidatura presidencial de Serra.







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CUMPANHEIRADA BANDIDA


Suspeito de ter acessado dados de tucano em MG é filiado ao PT, diz TSE
Portal G1

 
O funcionário da Receita Federal em Minas Gerais que, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo", acessou dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, é filiado ao PT desde agosto de 2001, de acordo com registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o "Estado de S. Paulo", um analista da Receita chamado Gilberto Souza Amarante fez dez consultas a informações sigilosas de Eduardo Jorge em abril de 2009 na agência de Formiga, a 210 km de Belo Horizonte. O G1 tentou entrar em contato com Gilberto, mas não conseguiu encontrá-lo neste domingo.

Eduardo Jorge diz que teve dados fiscais acessados em Minas Gerais Em comício sem Dilma, Lula diz que 'mentira tem perna curta' Marina diz que vazamentos mostram 'descontrole na gestão pública' Se for confirmado, esse será o segundo caso de acesso a dados sigilosos de Eduardo Jorge. A própria Receita confirma que o tucano teve dados fiscais acessados na agência de Mauá, em São Paulo.

Segundo o TSE, o nome de Gilberto Souza Amarante consta do lista dos 276 filiados ao PT que votam na cidade de Arcos (MG). Ao G1, Eduardo Jorge disse que o fato de Amarante ser filiado ao PT é "mais uma evidência de que os vazamentos na Receita têm motivação eleitoral". Para o tucano, as quebras de sigilo estão vinculadas à campanha da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff.

Eduardo Jorge afirmou não saber oficialmente se o acesso aos dados fiscais em Formiga foram feitos de modo irregular, mas classificou como "uma coincidência estranha", a filiação partidária do funcionário. "Só vou saber se foi irregular ou não depois [das investigações]. Mas é muita coincidência. Não tenho nada em Formiga e o funcionário é do PT", afirmou.

O presidente do PT, Eduardo Dutra, afirmou que, se for comprovado o acesso irregular do funcionário da Receita aos dados de Eduardo Jorge, o partido em Minas Gerais vai abrir um processo ético contra ele. "Temos informações de que o analista de Receita Gilberto Souza Amarante seria filiado ao PT de Minas Gerais pelo município de Arcos. O presidente do PT de lá não conhece esse Gilberto. Em se comprovando que ele teria feito esse acesso, além do processo na Receita, ele sofreria um processo ético porque isso se choca com o código ética do PT", disse.

Dutra afirmou ainda que as consultas a dados sigilosos de tucanos não estão relacionadas à campanha eleitoral. "Não tem nada a ver com a campanha. Nenhum de nós o conhece. É claro que a oposição vai fazer estardalhaço diante disso. Mas não há nenhuma relação com as pessoas da campanha. Não há nenhuma orientação do PT para isso. Deixamos muito claro que não concordamos com isso", disse Dutra.






domingo, 22 de agosto de 2010

COMITÊ SUPRAPARTIDÁRIO CAMPINAS - INAUGURAÇÃO

PREPARAÇÃO DO PALCO

JURANDIR FERNANDES - COORDENADOR DA CAMPANHA

CHEGADA DE GERALDO ALCKMIN 

 
APRESENTAÇÃO AO PÚBLICO

APRESENTAÇÃO

PIADA ELEITORAL

Uma nova legião de candidatos cômicos
Revista Época


O início do horário eleitoral traz candidatos como Tiririca, que usa o lema "pior que está não fica"
O cantor Tiririca posa num intervalo da campanha. Ele aposta no deboche para se eleger deputado federal– Alô, Tiririca? Aqui é o Victor.
– Oi, aqui é o Léo.
– Léo?
– Victor e Léo (uma dupla sertaneja). Hahaha. É o Tiririca, pô.

É com esse tipo de humor que Francisco Everardo Oliveira Silva, o cantor cearense Tiririca, trabalha por uma vaga de deputado federal por São Paulo. Na semana passada, na estreia do horário eleitoral na TV, ele chamou a atenção pelo tom debochado.

“Você sabe o que faz um deputado federal? Eu não sei, mas vote em mim que eu te conto”, diz. Outro de seus bordões é “Vote no Tiririca, pior que tá não fica”. Com eles, o candidato do Partido da República (PR) ficou falado e recebeu 500 mil visitas no YouTube. Tiririca tornou-se conhecido nos anos 1990 com o disco Florentina, que vendeu 1,5 milhão de cópias. Também atuou em programas humorísticos e respondeu processo por racismo por causa de uma música que falava “essa negra fede” e “bicha fedorenta”. Absolvido, quer ir ao Congresso. Embora não defenda nenhuma proposta. “De cabeça, assim, é complicado pra mim falar (sic).” Num vídeo, diz que vai ser deputado para ajudar os mais necessitados, “inclusive a minha família”. Se pudesse, empregaria parentes? “Com certeza. Primeiramente a minha família”, afirma. Tiririca declarou patrimônio zero, mas sua estimativa de gasto na campanha é de R$ 3,5 milhões.

Em 1958, um rinoceronte do zoológico de São Paulo chamado Cacareco recebeu 100 mil votos para vereador. De lá para cá, ele vem dando nome a uma categoria de candidatos na política brasileira. Além de Tiririca, há outros Cacarecos nesta eleição. São famosos ou anônimos dispostos a qualquer coisa para se destacar na multidão. Muitos deles apelam para o humor e para o comportamento jocoso – embora os verdadeiros humoristas, por decisão da Justiça Eleitoral, estejam proibidos de fazer piadas com os candidatos. O cientista político Fábio Wanderley Reis diz que, “até certo ponto”, é natural que partidos convoquem personagens desse naipe para a disputa. Eles atraem votos para a legenda e garantem ao partido uma bancada maior na Câmara. “É um jeito espúrio de obter quadros”, afirma.





‘‘Quero recomendar a Mulher Pêra para o Congresso Nacional’’
EDUARDO SUPLICY, senador (PT-SP)

A banalização do processo eleitoral está enraizada no meio político brasileiro – e conta com suporte mesmo de gente conhecida. A modelo Suellem Aline Mendes Silva, que se apresenta na TV como Mulher Pêra (PTN), ganhou a chancela do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que pede votos para a decotada no YouTube. “Quero recomendar a Mulher Pêra”, diz ele. “É muito importante que possamos ter essa mulher como candidata eleita para o Congresso.” Sério, senador?

No Rio de Janeiro, o ex-jogador Romário concorre a uma vaga de deputado federal e apelou para o corpão. Anda cercado por um grupo de mulatas fornidas que distribuem santinhos com um argumento inusitado: “Vote no Romário porque ele já é rico e não vai roubar”. Pedro Manso, imitador que fez sucesso se apresentando como Faustão, tenta uma vaguinha na Assembleia vestido e falando como... Faustão. “Ô-loco, meu! Pedro Manso para deputado!”. Na linha funk-favela concorre Tati Quebra Barraco, autora do hit “Dako é bom”, que fala numa marca de fogão. Os famosos tentam se eleger apoiados no argumento da fama. O ex-pugilista Maguila diz que vai “lutar em Brasília”. O ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca quer “jogar no time” dos eleitores. Raul Gil tira o chapéu para seu filho, candidato a deputado federal. Os irmãos do grupo KLB defendem “a união da família”. O que promete o estilista Ronaldo Esper? “Agulhar os políticos”...